d_e_n_g_u_e__t_a_m_b_e_m__e_problema_nosso

Em sete semanas de 2011 já são 1.383 os casos de dengue no Paraná

d_e_n_g_u_e__t_a_m_b_e_m__e_problema_nossoNas primeiras sete semanas do ano, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já confirmou 1.383 casos de dengue em todo o Estado. Entre o boletim da semana passada e o último, divulgado ontem, foram confirmados mais 461 novos casos. Desde o começo do ano foram notificados 9.562 casos suspeitos. Segundo o informe, dos 399 municípios do Estado 193 já notificaram casos de dengue em 2011.

Os municípios com maior número de notificações são Londrina (3.624), Jacarezinho (1.123), Foz do Iguaçu (751) e Cornélio Procópio (364). Os casos confirmados seguem a mesma tendência das notificações. Londrina lidera com 638 casos, seguida por Jacarezinho (343), Cornélio Procópio (147) e Foz do Iguaçu (101). Vinte e três casos tiveram complicações e uma morte por dengue já foi confirmada. Outros três ainda são investigados.

 

"O governo monitora semanalmente os casos de dengue no Paraná e, a partir dos números informados à sala de situação, a Secretaria da Saúde norteia ações de controle e combate à doença. No entanto, a população não pode baixar a guarda. Precisa eliminar a água parada dos quintais, e quem tiver sintomas de dengue deve procurar os serviços de saúde para evitar que o quadro se agrave", explicou o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Nesta semana, a Secretaria da Saúde promove, em parceria com o Ministério da Saúde, o treinamento para técnicos de regionais de saúde e municípios que realizarão o Levantamento de Infestação Rápido do Aedes Aegypti (Liraa). O governo está ampliando de 25 para 65 o número de municípios que realizam este levantamento. "O Liraa possibilita que os municípios conheçam seus índices de infestação predial com mais rapidez, permitindo a aplicação das medidas de controle necessárias para eliminação do mosquito", ressaltou Sezifredo Paz.

UFPR — A Universidade Federal do Paraná está testando dois novos larvicidas que podem tornar o combate à dengue mais eficiente em todo o país. As novas substâncias destroem as larvas do mosquito gastando menos e com melhores resultados. As duas substâncias têm se mostrado letais às larvas do Aedes aegypti nos testes feitos no laboratório do departamento de Zoologia da UFPR.

Os professores Mário Navarro (departamento de Zoologia) e Francisco A. Marques (departamento de Química ), em parceria com a pesquisadora Rosi Maria Carlos da UFSCAR (Universidade Federal de São Carlos) já estão trabalhando há cerca de dois anos no projeto.

Estas substâncias diferem principalmente no nível de toxicidade em relação aos atuais. Isto quer dizer que a utilização destes novos inseticidas é menos prejudicial à saúde humana e de outros animais do que os já em uso no combate ao mosquito da dengue. Além de menos tóxicos, os novos inseticidas também são mais baratos, pois podem ser utilizados em menor quantidade para terem o mesmo resultado que os atuais.

Outras frentes de trabalho também fazem parte do projeto, como os estudos para repelência e atraência. Na primeira, está sendo desenvolvido um repelente corporal a partir de uma planta asiática e na outra frente, o trabalho é focado nas substâncias que atraem o Aedes aegypti.