Morre aos 71 anos o artilheiro do União dos anos 70, Tião Abatiá

Morreu na madrugada desta terça-feira (16) o ex-jogador de futebol Sebastião José Ferri, o Tião Abatiá. Ele tinha 71 anos e estava internado em um hospital de Londrina, no Norte do Paraná, e morreu após uma complicação causada por uma cirurgia de intestino.

Ele formou a famosa “dupla caipira” com Paquito. Eles jogavam juntos desde 1966 no União Bandeirante Futebol Clube..

Tião nasceu em 20 de janeiro de 1945 em Abatiá, no Norte Pioneiro do Paraná, e começou a carreira no Cambaraense, de Cambará, outra cidade da mesma região do estado. Em 1966, o jogador se transferiu para o União Bandeirante, (Tião Abatiá, o primeiro agachado a esquerda) pelo qual foi vice-campeão paranaense em 1966, 1969 e 1971, ano em que foi o artilheiro do estadual. Naquele mesmo ano, se transferiu para o São Paulo, mas jogou apenas uma partida no time da capital paulista.

Tião foi contratado pelo Coritiba nesse mesmo ano junto de Paquito, seu companheiro de ataque no União Bandeirante. Eles estrearam pelo time alviverde da capital em um domingo, dia 15 de agosto de 1971. Nesse mesmo ano, ele recebeu a Bola de Prata da revista Placar como melhor centroavante do Campeonato Brasileiro. Tião ficou no Coritiba até 1975, quando foi emprestado à Portuguesa.

Em 1976, o atacante voltou a jogar no futebol paranaense, dessa vez pelo Colorado. No campeonato estadual daquele ano, Abatiá fez 24 gols, apenas um a mais do que o antigo parceiro de ataque, Paquito, vice-artilheiro pelo Grêmio Maringá.

Em 27 de outubro de 1971, o Alto da Glória gritou “Tião Abatiá é melhor que Pelé!” depois de uma partida contra o lendário Santos da década. Tudo depois do gol da vitória alviverde marcado por Tião.

No Twitter, o Coritiba lamentou o falecimento de um de seus maiores ídolos.

O corpo está sendo velado na câmara de vereadores de sua cidade natal e o sepultamento será as 17 horas, no cemitério muncipal de Abatiá.

O atleta deixou a esposa e quatro filhos (três mulheres e um rapaz).