Eu Repórter; … DATA COMEMORATIVA II …

     No próximo dia 25 de Outubro comemora-se, no Brasil, o DIA DA DEMOCRACIA, embora a Organização das Nações Unidas ( ONU ) tenha instituido o dia 15 de Setembro como o DIA INTERNACIONAL DA DEMOCRACIA.

          A palavra DEMOCRACIA tem sua origem na Grécia Antiga que significa,  ( DEMO = povo e KRACIA = governo ). Este tipo de governo foi desenvolvido em Atenas (uma das principais cidades da Antiga Grécia ). Embora tenha sido o berço da democracia, nem todos podiam participar . Mulheres, estrangeiros, escravos e crianças não participavam das decisões POLÍTICAS da cidade, denota-se que, esta forma antiga de democracia era bem limitada.

            O  Filósofo Renato Janine Ribeiro cita : “ O avanço da democracia moderna ( ou de caráter democrático da política moderna ) é provocado pelos direitos, não pela representação. Ela é importante, mas é o aporte negativo da modernidade à democracia. É O QUE FAZ A URNA SER MENOS DEMOCRÁTICA QUE A PRAÇA ATENIENSE. Já com os direitos, a coisa é diferente.  Eles são o motor das reivindicações. Através deles se exprime a pressão popular sobre o poder.

          Vimos que o caráter democrático da politica moderna depende dos direitos, mais que da representação; que esses direitos são de teor cada vez mais social; que na Grécia o político e o social estavam próximos e unidos. Falta acrescentar que esses direitos remetem a algo que chamaremos de desejo.

          Quando os críticos gregos da democracia alertam para o perigo de que o povo pobre confisque os bens dos ricos, esse perigo é análogo ao que existe na tirania ou na oligarquia. Para Aristóteles, há três regimes puros e três deformações dos mesmos. São puros a monarquia, a aristocracia e um regime que ele chama de politéia, palavra que quer dizer constituição. São suas deformações- respectivamente- a tirania, a oligarquia e o regime que ele chama de demokratia.

          Nos regimes puros, o poder é exercido dentro da lei. Nas deformações, exerce-se o poder pelo capricho, pelas paixões, pela desmedida. Por isso não há grande diferença entre tirania, oligarquia e “demokratia”. Nas três, quem tem o poder é movido por um desejo desgovernado. Confiscar os bens dos ricos é tão errado quanto o tirano oprimir os pobres, ou os oligarcas usarem a lei a seu arbítrio. 

          A quarta tese será que a democracia é o regime do desejo. Ela assim é vista por seus críticos, mas também por parte de seus defensores. O desejo é a matéria-prima dos direitos. Seria errado imaginar que estes surjam de um céu límpido e esplêndido. Eles nascem do desejo.”

          Exemplos dessa assertiva, temos assistido pela mídia :

          1 – “Primavera Árabe –  os cidadãos árabes, exigindo o DIREITO à liberdade, após décadas de regimes autoritários .

          2 –  Protesto dos estudantes no Chile – exigindo o DIREITO a uma educação gratuita.

          3 – Protesto com depredações e saques em Londres – jovens que, a qualquer custo, querem ter o DIREITO de consumir iPADs, iPHONEs, TABLETs e outros bens de consumo inacessíveis às classes menos favorecidas.

         4 – A MARCHA CONTRA À CORRUPÇÃO – realizada no último dia 12, no Brasil, convocada pelas redes sociais, a exemplo de algumas já citadas, não foi muito “DESEJADA”, haja vista, que o número de integrantes não foi significativo para “pressionar” os protagonistas de tal delito.

         No Brasil a história mostra que em 1946, com a nova constituição houve a reintrodução da democracia no contexto político brasileiro, devolvendo a soberania política ao voto popular.Foi neste período de ausência de organização ideológica que o populismo abraçou intensamente o desenvolvimento da democracia, através de seu “líder” Getúlio Vargas.

         Com a revolução de 1964, houve uma caça aos corruptos e subversivos, sendo punidos os segundos e esquecidos os primeiros. Onde vivemos sob um regime ditatorial até 1984. Iniciou-se a transição democrática no governo brasileiro, sendo eleito o primeiro presidente civil, pelo processo de eleições indiretas, assumiu o cargo. E desde então, a questão enfatizada por Tocqueville – “ Só há democracia onde a liberdade política convive com a igualdade social” , tem sido almejada e discutida abertamente.A democracia brasileira foi classificada como uma democracia de conflito, com uma sociedade muito desorganizada e dividida entre integrados e marginalizados.

          Uma convicção difundida, entre comentadores da politica, é que partidos fortes são essenciais para a democracia. Já filósofos e estudiosos da comunicação não se entusiasmam tanto pelos partidos, mas reconhecem sua utilidade. Ora, um mantra da discussão política no Brasil é que os partidos são fracos, representam pouco e tendem a expressar mais os interesses dos políticos que os do eleitorado. Não espanta que a nossa legislação seja uma mãe para os partidos. Deixou de regulamentar seu funcionamento interno, o que seria bom, não fosse o fato, de que vários deles, mesmo importantes, funcionam na base de comissões provisórias nomeadas pela direção nacional, SEM DEMOCRACIA INTERNA. Continua havendo vantagens para os partidos que, paradoxalmente, talvez expliquem por que são fracos. Não precisam ir à luta, conquistar o apoio do povo. ISSO OS FRAGILIZA, ISSO NOS FRAGILIZA. Inclusive, vivenciamos no município, após a luta, para ser o presidente das siglas dos partidos , os “vencedores e vencidos”.   … PRESTE ATENÇÃO NOS VENCEDORES ! ! ! … LÁ NA FRENTE … INICIO DE 2013 … formação do “STAFF ADMINISTRATIVO” … AÍ  VOCÊ ME DIZ ! ! !

          O sistema atual de governo é a democracia representativa mas, como foi citado anteriormente é : …o aporte negativo da modernidade à democracia . Atualmente, estamos sob um sistema de governo, adotado pelo PT , para galgar o poder e manter-se, transformou a administração pública em feudos, que os partidos da base aliada têm “saqueado” de maneira aviltosa. Como poderíamos nomina-lo ?.

          Diante dos fatos … no dia 25 de Outubro … VAMOS COMEMORAR O QUE ? ? ? 

         

          Paulo Rensi

          Bandeirantes – PR