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Frio aumenta risco de doenças cardíacas

No inverno o sistema cardiovascular precisa trabalhar mais para manter o equilíbrio térmico.
 
 
i_n_v_e_r_n_o____c_o_r_a___oÉ só cair a temperatura para notar pelas ruas pessoas contraindo o corpo e se escondendo do vento cortante. O organismo internamente também se ressente do inverno e, com isso, os riscos de problemas cardíacos também aumentam nessa época. De acordo com a Associação Americana do Coração (American Heart Association), o inverno aumenta de 20% a 25% a incidência de doenças cardiovasculares.

O diretor clínico do Hospital Cardiológico Costantini, Marcelo de Freitas Santos, afirma que os riscos crescem em especial para pessoas que já apresentam alguma predisposição e para aquelas que sofrem de problemas do coração. Isso porque as reações do organismo em baixas temperaturas (hipotermia) sobrecarregam o sistema cardiovascular, que precisa trabalhar mais no frio para manter o equilíbrio térmico.  Essas reações incluem constrição (espasmos) dos vasos sanguíneos, respiração superficial pela boca e aumento da frequência cardíaca. “Com o frio, ocorre alteração no calibre dos vasos, principalmente das artérias, fazendo o sangue circular menos até o coração. Isso pode causar desde isquemia no coração (falta de circulação nas artérias coronárias) até angina (um tipo de dor no peito)”, alerta o médico.

Para os idosos, os perigos são ainda maiores. “Nas doenças cardíacas, o frio pode agravar os sintomas da angina de peito, aumentar a tensão arterial e o risco de o idoso ter um acidente cardiovascular”, avalia Santos.

No período do inverno o organismo está mais suscetível às doenças virais que podem promover uma demanda maior esforço do organismo, causando desequilíbrio geral e infeccioso do músculo cardíaco, promovendo quadros de insuficiência cardíaca em que o principal sintoma é a falta de ar durante os esforços.

Santos também aconselha as pessoas a cuidar dos hábitos alimentares no inverno, que se alteram nessa época, e sugere a manutenção dos exercícios físicos mesmo com baixas temperaturas. “Geralmente, as pessoas optam por alimentos mais pesados no inverno, ricos em gordura, e diminuem a frequência das atividades físicas. Essa combinação pode ocasionar descontrole dos fatores de risco para doenças cardíacas”, observa o médico.