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Gol contra coloca São Paulo na semifinal diante do Corinthians

s_a_o__p_a_u_l_o__f_cTodo de vermelho, o São Paulo garantiu neste domingo sua classificação para enfrentar o Corinthians, na semifinal do Campeonato Paulista. Ainda que não tenha jogado com a raça idealizada pelo marketing e até tenha feito a torcida passar um pouco de raiva, o time venceu o Penapolense por 1 a 0, com gol contra do zagueiro Jaílton na metade do segundo tempo, e não passou vergonha no Morumbi.

A outra vaga da decisão na competição estadual sairá do duelo entre Mogi Mirim e Santos. Mas, antes de enfrentar o Corinthians, no próximo fim de semana, o time treinado por Ney Franco tem compromisso pelas oitavas de final da Copa Libertadores, na quinta-feira, diante do Atlético-MG, também no Morumbi.

Neste domingo, o cenário montado para o duelo foi de festa. Antes de a bola rolar, em meio a uma queima de fogos, o presidente Juvenal Juvêncio desceu de seu camarote para uma ação simbólica, sentando-se sobre a última cadeira vermelha a ser instalada no Morumbi. O time também subiu a campo com uniforme comemorativo, em alusão à conclusão da troca dos assentos do estádio.

Aproveitando a ocasião, o departamento de marketing encampou o vermelho como cor de raça e espalhou a campanha por diversos locais do palco da partida. Os jogadores, entretanto, não fizeram jus à alcunha. Ao menos não no primeiro tempo. Sem a mesma pegada e concentração da última partida da Libertadores, a equipe sofreu a partir do apito inicial.

Aos 13 minutos do primeiro tempo, o zagueiro Lúcio tocou para Paulo Miranda, mas o lateral direito improvisado bobeou no domínio e deixou que a bola saísse, enraivecendo a torcida. No minuto seguinte, a reação das arquibancadas foi de alívio, após forte arremate de Liel defendido por Rogério Ceni – de uniforme todo branco – no ângulo esquerdo.

Esse, porém, foi o único chute perigoso do Penapolense, que assumiu a condição de azarão e, no campo de defesa, apenas esperava vacilos. Diante da marcação bem postada do time interiorano, o São Paulo tinha dificuldade de criação. A solução foi arriscar a gol em qualquer brecha de fora da área. Marcelo, então, passou a trabalhar. Até o intervalo, foram três difíceis defesas, em tiros longos de Thiago Carleto, Denilson e Jadson.

O goleiro formado no Corinthians tentou se valer de sua experiência também de outro modo. Quando ficava com a bola, atrasava a reposição até Luis Fabiano encostar. Além da cera, Marcelo buscou incomodar o atacante cobrando cartão amarelo por uma trombada sua com o zagueiro Gualberto. "A gente conhece o temperamento dele", disse o jogador, no intervalo, admitindo a tentativa de irritar o adversário.

A segunda etapa começou ainda pior para o São Paulo. Nos dez primeiros minutos, foram quatro chegadas perigosas do Penapolense. Afora cabeceio de Jaílton e dois arremates de Fernando, a equipe do interior chegou a balançar a rede de Ceni em chute rasteiro de Silvinho, mas a arbitragem assinalou corretamente impedimento do atacante.

Impaciente, a torcida passou a gritar "raça", bem no momento em que o técnico Ney Franco sacou o volante Wellington para a entrada de Douglas. Seja em razão da alteração ou da cobrança vinda das arquibancadas, o São Paulo respondeu. Primeiramente, Luis Fabiano acertou cabeceio no travessão. Depois, Osvaldo levou bola para a meia direita e buscou o ângulo, mas chutou para fora.

Aos 22 minutos, parte dos 32 mil presentes gritou gol, quando Luis Fabiano carimbou o travessão, e a bola quicou sobre a linha. Cinco minutos mais tarde, eles puderam comemorar de fato. Osvaldo fez boa jogada individual na linha de fundo e cruzou com força. O zagueiro Jaílton tentou fazer o corte e desviou para a própria meta, sem chance para Marcelo. Sem muito mais a apresentar, foi esse o gol que garantiu a classificação são-paulina. Graças também a Ceni, que fez milagre aos 43 minutos para espalmar arremate à queima-roupa de Eric para escanteio.